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O Brasil, terra de contrastes e belezas naturais, também carrega em sua história cicatrizes profundas, marcas de tragédias que ecoam na alma de cada brasileiro. Nos últimos anos, testemunhamos eventos devastadores que nos confrontam com a fragilidade da vida e a força implacável da natureza.
O Rio Grande do Sul, outrora palco de paisagens exuberantes, hoje chora sob o peso das enchentes. Cidades submersas, famílias desabrigadas, vidas perdidas. A dor se espalha como as águas que invadem lares, ruas e sonhos. A cada notícia, um nó na garganta, um aperto no peito. A solidariedade se manifesta em gestos de bravura e compaixão, mas a dimensão da tragédia nos deixa perplexos.
Em Minas Gerais, o rompimento da barragem em Brumadinho, em 2019, nos confrontou com a negligência humana e a ganância que ceifam vidas e destroem o meio ambiente. A lama tóxica que invadiu o Rio Doce manchou para sempre a paisagem e a memória de um povo. A impunidade e a falta de responsabilização ecoam como um grito de indignação.
Em Mariana, em 2015, o mesmo rio foi palco de outro desastre, um crime ambiental que devastou comunidades e deixou um rastro de destruição. A lama que soterrou casas e sonhos nos lembrou da nossa vulnerabilidade diante da exploração desenfreada dos recursos naturais.
Essas tragédias, embora distintas em suas causas e proporções, compartilham um denominador comum: a dor que se abate sobre famílias, comunidades e sobre o Brasil como um todo. A dor que nos convida à reflexão, à união e à ação.
Que a memória das vítimas nos inspire a construir um futuro mais justo e sustentável, onde a vida e o meio ambiente sejam preservados acima de qualquer interesse econômico. Que a solidariedade que se manifesta nos momentos de crise se transforme em compromisso permanente com a construção de um país mais humano e fraterno.
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