Poluição por Fumaça Atinge Comunidades da Boca do Acre

Comunidades da Boca do Acre enfrentaram altos índices de poluição por fumaça durante a temporada de queimadas de 2024. A concentração de material particulado fino (PM2.5) ultrapassou os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Moradores relatam dificuldades respiratórias e impactos na rotina.

As áreas mais afetadas foram os conjuntos Antônio Jorge, João Pedro, Rabo da Cobra e Shan. A média de poluição por fumaça nessas localidades foi de 40,2 µg/m³, valor superior ao limite seguro da OMS. O pico de poluição ocorreu em setembro, com média de 113 µg/m³.

Moradores relatam o uso de máscaras e a suspensão de aulas presenciais devido à fumaça. Problemas respiratórios, irritação nos olhos e dores de cabeça foram comuns. A situação afetou principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.

A poluição por fumaça é resultado das queimadas na Amazônia. O material particulado fino (PM2.5) e outras substâncias presentes na fumaça causam inflamações e danos ao sistema respiratório. A exposição prolongada pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas.

O governo do Amazonas informou ter realizado ações de combate às queimadas e monitoramento da qualidade do ar. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) divulgou dados sobre prisões, multas e autos de infração. A Secretaria de Estado de Saúde não se manifestou sobre ações preventivas ou de mitigação.